Sobre solidão e individualidade


Moro sozinha, mesmo estando na mesma cidade que meus pais, avós, quase a família inteira. A lógica conservadora da minha cidade, e da minha família dita que você só rompe a bairreira de morar sozinho ao se mudar para outro lugar, ou ao se casar, isso tanto para homens como para mulheres. Ainda falarei mais sobre o que me motivou a romper essa barreira em outro post, o assunto aqui é  outro, porém não menos importante.
A inspiração veio de um vídeo da youtuber Joutjout, onde ela fala sobre solidão não ser um problema, resumindo que somos seres individuais, não nascemos "grudados" nos outros, e por conseguinte, não precisamos necessariamente de um vínculo radical como condição de existência e plenitude.



Me peguei várias vezes em crise por excesso e também por falta de interação, num momento precisando de um "detox" social, e noutro de um abraço e muita interação. São fases, momentos e situações que surgem ao longo da construção continua do ser, do nosso indivíduo. E antes de mais nada, precisamos saber lidar com isso de uma maneira 'edificante", de forma a extrair de todas as situações, boas ou ruins, dados para futuras tomadas de decisão.
O mais importante aqui é saber que solidão não é necessariamente algo ruim, mas sim um estado mental constante: estamos sempre sós. E o que isso tem de ruim? Absolutamente nada!
Estar só é estar em boa companhia, a sua!
Use todo esse tempo "vazio" para construir seu templo pessoal, organizar seus pensamentos, processar informações e dados adquiridos, construir suas estruturas mentais, conhecer a si próprio.
Somos únicos, e dados mais ou menos a contato social. Eu, por exemplo, tenho certa fobia social, medo de falar em público, e necessito de um tempo maior para processar níveis altos de interação acumulada. Portanto, tendo a necessitar desse tempo introspectivo, desse ócio social, que é imprescindível para minha saúde mental. 
Não é ruim sem só, todos somos. Ruim é se perder em si, nas divagações sociais, e achar que maior interação social é sinônimo de maior felicidade. A plenitude é uma construção constante, sendo necessária a abstração, o autoconhecimento e o exercício da solidão aplicada.

Fiquem bem, meus queridos!